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Eventos Exposição coletiva

Exposição fotográfica questiona a invisibilidade da mulher preta

O projeto surgiu do questionamento da invisibilidade das mulheres pretas e tem como foco ressignificar suas identidades por meio de fotografias artísticas.

25/05/2023 07h26
Por: Redação
Exposição fotográfica questiona a invisibilidade da mulher preta
No próximo sábado (27), a partir das 10h, a Galeria Homero Massena contará com a abertura da exposição coletiva “E Eu, Mulher Preta?”. A mostra fotográfica, idealizada pela produtora cultural Marilene Pereira, fica em cartaz até o dia 12 de agosto. A visitação da exposição é gratuita ocorre de segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábados e feriados das 10h às 16h.O projeto surgiu do questionamento da invisibilidade das mulheres pretas e tem como foco ressignificar suas identidades por meio de fotografias artísticas. “A ideia se materializou após minha imersão na literatura feminista negra, com ênfase na interseccionalidade. O livro de Bell Hooks intitulado ‘E Eu Não Sou Uma Mulher?’ e o discurso de Sojourner Truth serviram de inspiração para o nome da exposição”, afirma a também mestra em Educação, Marilene Pereira.

Para a exposição, foram fotografadas dez mulheres negras de Vitória, Ibiraçu e Alegre. Através dos registros dessas mulheres inspiradoras, as fotógrafas Ana Luzes, Luara Monteiro, Taynara Barreto e Thais Gobbo trazem para o debate o empoderamento coletivo como estratégia de resistência; questões como a violência contra a mulher negra; padrões de beleza impostos pela sociedade eurocêntrica; os afetos; o autoconhecimento; e práticas e tradições religiosas de matriz africana.

“Foi com base na história de vida delas nas regiões em que moram, na forma como são conhecidas em seus universos. A gente escolheu “dar visibilidade às diversas potencialidades dessas mulheres”, explica Marilene Pereira sobre a escolha das mulheres que são destaque nessa exposição.

A fotógrafa Taynara Barreto dá o tom da exposição ao afirmar que cada mulher registrada para este projeto carrega consigo a resiliência que só cabe nos corpos das mulheres pretas. “Somos! E agora, ocupamos espaços para que a sociedade também seja, através de nós!", completa a artista.

As obras que exalam movimento e força, trazem as diferentes facetas das mulheres pretas. Muitas delas dão destaque para as cores vibrantes, outras se traduzem no preto e branco. Ao todo, são 20 fotografias que compõem a exposição. Vale destacar que o projeto está sendo realizado por meio do edital 2/2021, Seleção de Projetos Culturais Setoriais de Arte Visuais da Secretaria da Cultura (Secult), com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura). A curadoria foi de Marilene Pereira e da fotógrafa Thais Gobbo.

GIRA DE CONVERSA

Para enriquecer a estreia, o lançamento da mostra contará com gira de conversa com a autora do livro “Trabalho Doméstico”, Coleção Feminismos Plurais, Juliana Teixeira. A professora do curso de Administração da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) trabalha com pesquisa e debates a respeito do trabalho e suas interseccionalidades de raça-etnia, classe, gênero, e sexualidade. O bate-papo ocorrerá a partir das 11h, na própria galeria. “É um momento no qual a gente quer falar um pouco sobre as inspirações dessa exposição, das relações étnico-raciais e das interseccionalidades. Também falar de mulheres que traçam trajetórias interessantes, como são essas que estamos trazendo na exposição”, antecipa a idealizadora do projeto. O bate-papo, complementa Marilene Pereira, também tenta fazer uma relação entre a exposição e o cotidiano social com relação às questões raciais.

Serviço:

Abertura da exposição E Eu, Mulher Preta?

Local: Galeria Homero Massena (R. Pedro Palácios, 99, Cidade Alta, Vitória) Data: 27 de maio Hora da abertura: 10h
Gira de conversa: 11h - Juliana Teixeira (professora universitária e autora do livro “Trabalho Doméstico, Coleção Feminismos Plurais”) Visitação: segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábados e feriados das 10h às 16h Entrada gratuita

Quem faz a exposição:

MARILENE PEREIRA - IDEALIZADORA E CURADORA

Marilene Aparecida Pereira é de Vitória, cresceu no bairro Santo Antônio e estudou em escolas públicas da região. É mestra em Educação, na linha de Práticas Educativas, Diversidade e Inclusão Escolar pela Ufes, tendo como dissertação: Interseccionalidades, Mulheres Quilombolas e Possibilidades Que Emergem da Participação Solidária. Professora, produtora cultural e militante do movimento de mulheres negras. Pereira também é integrante do Movimento Negro Unificado (MNU/ES), diretora do Coletivo Afoxé, idealizadora do “Seminário Somos Todas Terezas - gênero, raça, arte, cultura, interseccionalidade, religiosidade e ações políticas entre as mulheres negras” e idealizadora da Festa das Ciatas. Tem no samba a sua maior paixão e busca utilizar a cultura afro-brasileira como ferramenta de combate aos preconceitos de gênero e raça.

THAIS GOBBO - FOTÓGRAFA E CURADORA

Thais Gobbo é moradora do Território do Bem, em Vitória, fotógrafa desde 2012, comunicadora popular, modelo e também atua como produtora e editora no Calango Notícias, jornal do Ponto de Cultura Varal Agência de Comunicação/Ateliê de Ideias. Já ministrou mais de 40 de oficinas sobre olhar fotográfico e iniciação à fotografia. Foi uma das idealizadoras do projeto Subida ao Farol de São Benedito. Participou do Coletivo Nacional de Comunicação do Levante Popular da Juventude e em sua trajetória foca seus trabalhos em retratos como ferramenta de empoderamento de histórias, pessoas e lugares. Thais Gobbo já participou e realizou curadorias em oito exposições fotográficas. Suas vivências em coletivos e projetos culturais, além do seu ativismo e olhar sensível através da fotografia há mais de 10 anos, possibilita a realização de curadorias que fortalecem uma seleção com empoderamento de histórias, aplicação de técnicas e sensibilidade no olhar.

ANA LUZES – FOTÓGRAFA

É deslumbrada por cenas do cotidiano urbano e está sempre em busca de instantes únicos que compõem as cidades. Através de fotografias artísticas e documentais visa à ressignificação de histórias não contadas e não vistas. Seu olhar sensível sobre seu entorno permite vislumbrar diferentes perspectivas sobre coisas simples e monótonas da vida, fazendo com que a beleza natural delas se sobressaia em cada imagem. Graduada no curso superior de Fotografia na Universidade de Vila Velha (UVV), já integrou mostras fotográficas nacionais e internacionais.

LAURA MONTEIRO - FOTÓGRAFA

É Formada em Artes Plásticas, com Pós-Graduação em Desenvolvimento e Cultura pelo Centro Universitário SENAC. Pós-graduanda em Diversidade, inclusão e acessibilidade. Trabalha com propostas relacionadas à tecnologia, educação popular e ancestralidade. Fomenta diferentes ações, no campo cultural, social e ambiental, relacionando a experiência poética e arte educação em diferentes linguagens: fotografia, ilustração, intervenção urbana, design e vídeo. Desenvolve ações de articulação e elaboração de projetos em periferias e com povos tradicionais e originários. Participa da Ruca - Rede Urbana de Agroecologia Capixaba. Atua desde 2016 como tatuadora residente no 7Luas Tattoo Studio em Vitória.

TAYNARA BARRETO - FOTÓGRAFA COMUNICADORA, FOTÓGRAFA E PRODUTORA CULTURAL.

Pelo Coletivo Artístico 028 participou de projetos renomados como a Mostra Internacional da Mulher Capixaba na Fotografia – MIM, realizada em 2019 em Bogotá, na Colômbia, Exposição Coletiva Rua Brasil em Buenos Aires, Argentina e Cidade do México, México. Seu trabalho de pesquisa visual em culturas populares, resultou na Residência Artística com o Caxambu do Horizonte: Uma urgente imersão em um dos mais respeitados grupos culturais originários do Espírito Santo. O trabalho foi provado através da Lei Aldir Blanc (Secult/ES), ganhador do prêmio Boas Práticas da Promoção de Igualdade Racial no Espírito Santo, entregue pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos e 35ª Etapa Regional do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, oferecido pelo IPHAN. Taynara é a primeira mulher no Espírito Santo a ganhar o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia. A premiação existe há 16 anos e objetiva estimular a nova produção fotográfica e sua transversalidade com as artes e outras áreas do conhecimento, em especial aspectos do patrimônio, meio ambiente e turismo sustentável.

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