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Picada de abelhas: Espírito Santo registra maior número de óbito dos últimos seis anos

De 2017 a 2022 foram 11 óbitos, sendo um óbito em 2017, 2018 e 2021, e dois óbitos em 2019 e 2020, além dos quatro óbitos em 2022.

11/01/2023 07h14
Por: Marcos Antonio Burgarelli
Picada de abelhas: Espírito Santo registra maior número de óbito dos últimos seis anos

As abelhas são essenciais para a manutenção da biodiverdidade, tendo como uma das principais funções a polinização. Entretanto, a picada do inseto nos seres humanos pode levar à morte e essa estatística vem aumentando no Espírito Santo. De janeiro a dezembro de 2022, de acordo com dados do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (CIATox), o Estado registrou quatro óbitos decorrentes dos ataques, sendo esse o maior índice dos últimos seis anos. 

De 2017 a 2022 foram 11 óbitos, sendo um óbito em 2017, 2018 e 2021, e dois óbitos em 2019 e 2020, além dos quatro óbitos em 2022. Além disso, de janeiro a dezembro de 2022, foram notificados eno Estado 536 acidentes por abelhas, representando uma elevação de 92,8% se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando ocorreram 278 incidentes. 

Atualmente, o maior número de casos está concentrado na região Central/Norte com 284 notificações. Em seguida, aparece a Região Metropolitana com 182 ocorrências.

O médico e referência técnica de animais peçonhentos do CIATox, Nixon Souza, alerta sobre os riscos da ferroada do inseto e que os acidentes são mais comuns durante janeiro, devido ao clima apresentado no decorrer do mês e por ser considerado o período de reprodução. 

“As reações desencadeadas pela picada de abelhas variam de acordo com o local e o número de ferroadas, bem como características e o passado alérgico do indivíduo. Em casos mais graves, pode ocorrer o choque, insuficiência respiratória e/ou renal aguda, levando o ser a óbito. Relato ainda que o número de acidentes com o animal costuma aumentar em janeiro, uma vez que o ambiente fica mais quente e úmido, provocando maior agitação e migração dos insetos para formação de novas colmeias”, ressaltou.

Segundo explicações do profissional, as abelhas atacam quando se sentem ameaçadas por ruídos, cheiros fortes, vibrações e movimentos que chamam atenção. Entretanto, em ataque desencadeado, todas as pessoas que estiverem ao redor podem ser afetadas. Ele destaca ainda ações essenciais para proceder nos incidentes.

“Caso seja atacado, o cidadão deve correr em zig-zag no ambiente aberto, plantação ou mergulhar em rios ou piscinas. Assim que estiver protegido, ele pode ajudar os companheiros cobrindo-os com uma coberta, mas sempre em uma distância segura e que não tenha abelhas sobrevoando”, disse. 

Em caso desses acidentes, é necessário procurar ajuda médica o mais rápido possível. Além disso, o cidadão pode solicitar ajuda por meio do número de telefone do Corpo de Bombeiros, 193, e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), 192. 

 

Os cuidados para evitar acidentes por abelhas

- Evite se aproximar de colmeias de abelhas, principalmente das mais agressivas nomeadas Apis Mellifera, sem vestuário e equipamentos adequados;

- Não caminhe ou corra em locais considerados de rotas de voo desses insetos;

- As colônias de abelhas devem ser retiradas somente por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente ao anoitecer ou a noite;

- No campo, o trabalhador deve estar atento à presença do inseto e evitar fazer movimentos e barulhos que possam irritá-lo;

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