Com uma carga horária semanal de 80 horas, Larissa não para: a todo tempo está atualizando prontuários, dando ordens aos médicos e recebendo os pacientes da melhor maneira que pode. Não é uma tarefa fácil: o Hospital de Campanha Zona Leste, em Porto Velho (RO), onde a médica atua, sempre está lotado.
Diagnóstico do autismo
Larissa é forte e lida com tudo isso de maneira serena. Ser jovem para o cargo é apenas um detalhe na vida da médica: quando criança, ela foi diagnosticada com o transtorno de espectro autista (TEA). Até a adolescência, precisou trocar de escola várias vezes, pois era alvo de bullying das outras crianças. Tinha dificuldade para se relacionar com os outros ou fazer contato visual com alguém. Mas sempre se mostrou uma criança brilhante.
‘Good Doctor’ brasileira
A história de Larissa se assemelha à do Dr. Shaun Murphy, da famosa série ‘The Good Doctor’. No seriado, Shaun é um jovem médico recém-formado com autismo que teve uma infância problemática.
Assim como Shaun, Larissa trocou de cidade para alavancar sua vida. Deixou Uberlândia (MG) e mudou-se para Porto Velho (RO) após passar em Medicina pela Unifimca (Centro Universitário Aparício de Carvalho). Depois de conquistar o diploma, fez uma pós-graduação em neurociências pela Universidade Duke, nos EUA. Agora, finaliza duas especializações — neuroimagem pela Universidade Johns Hopkins (EUA) e psiquiatria pela PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul).
“Decidi fazer medicina em Rondônia pois tenho paixão pela Amazônia, pela parte antropologicamente rica de uma cultura tão particular. Aproveitei que tenho uma tia médica aqui, e de súbito, em 2 meses estudei um pouco e ingressei”, contou Larissa.
Fonte: portal de notícias Uol